*Rangel Alves da Costa
E da varanda eu via a vida passando. Da
soleira, eu ia juntando quereres num alforje de caçador. Um aió desgastado de
mato, um cantil cangaceiro antigo. As folhagens secas esvoaçavam as
recordações. No quintal, o varal balançava minhas vidas descosidas pelo uso.
Meu sonho era ser passarinho, mas nunca consegui. Eu sequer tinha uma copa de
árvore para fazer um ninho. Mas achava boa assim mesmo aquela vida. Até que o
vento foi soprando e me levou pela estrada...
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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