*Rangel Alves da Costa
Triste coração, desolado e solitário coração,
eis que, num sobressalto de agonia e aflição, pulou do peito e morreu em meus
braços... Noites vagas e luas nostálgicas. Paisagens noturnas a atormentar.
Uivos de lobos e urros de bichos atormentados na noite. Na semiescuridão, a
chama da vela sequer mostrando a face dolorida do coração. E que, como num
gesto de atormentada despida, estancou a vida e a pulsação, para se lançar
voraz, desfazendo os laços, eis que pulou do peito e morreu em meus braços...
Fazer o que com um coração em pedaços? Sem mais amor a amar, sem mais sorriso a
sorrir, nada mais a ressuscitar. Somente a chama da vela testemunhando tamanha
aflição, instante que o pulsar da vida vai apagando os passos, quando o meu
coração pulou do meu peito e morreu em meus braços...
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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