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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Palavra Solta – a imoralidade do judiciário já está passando dos limites



*Rangel Alves da Costa


Não há como pensar diferente nem como dizer de outro modo: a imoralidade do judiciário já está passando dos limites. Um poder que deveria ser a máxima exemplificação de legalidade nos próprios atos, de moralidade nas suas ações e de respeito perante toda sociedade, se desconhece nos próprios limites e atribuições e passa a agir de modo afrontoso à sociedade. Ora, absurdo se falar em auxílio-moradia e nos tetos estabelecidos, aberração se falar em educação de filhos dos magistrados com dinheiro público, contrassenso se verificar os acúmulos salariais mensalmente inseridos em cada contracheque, sem falar em tantos outros abusos e absurdos. E pasmem: auxílio-moradia até mesmo para quem reside na sua comarca, ou seja, para o magistrado que não tem de passar três dias na semana noutro lugar. Sim, apenas três dias por semana, quando muito, pois muitos deles só trabalham de terça a quinta. A maioria dos fóruns interioranos já é projetada e construída com apartamento funcional tanto para o juiz como para o promotor. O tribunal fornece desde o alimento propriamente dito aos demais custos, incluindo deslocamentos. Ademais, quando os salários dos magistrados são reajustados, os valores são sempre acima daqueles índices previstos para a maioria das classes trabalhadores. E ainda acham que juiz não pode pagar escola de filho, que não tem dinheiro para nada. E o que dirá o povo, aquele povo de salário mínimo ou que se sustenta no ganha-pão do subemprego?


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com 

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