*Rangel Alves da Costa
Água de beber e matar a sede se a sede
aparecer. Moringa ou pote, purrão ou quartinha, em tudo a água de beber. Caneca
ariada, lustrosa de o brilho aparecer, e surgir fresquinha a água de beber.
Coada em pano, adormecida na noite, até a sede da lua quer água de beber. O
barro de paredes suadas e frientas por fora, refresca lá dentro a água de
beber. Se a janela é aberta e a noite é de brisa, então mais saborosa é a água
de beber. A caneca por cima ou pendurada em gancho, vai brilhando na luz e
querendo ser molhada na água de beber. Que cansaço e suor, que sede e fadiga, a
boca clamando por água de beber. Mas espera um pouquinho e cata uma cocada,
mariola ou mudinha, um doce de leite, e depois se deleita na água de beber.
Estende a rede e adormece sonhando com o prazer de viver. E acorda em oração
para agradecer pela água de beber.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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