*Rangel Alves da Costa
Ontem uma jovem me chamou de “um dos
guardiões de memória de Poço Redondo”. Fiquei lisonjeado, muito agradecido.
Contudo, sou isso não. O que faço é simplesmente reconhecer e valorizar o meu
povo, a sua história e a sua memória. O que faço é apenas lutar para que o
presente seja entrelaçado com o passado, e o que passou continue com valia para
o conhecimento das gerações de agora. Ora, não somos somente o presente, o
agora e o que virá. Somos raízes, somos o ontem, desde o sobrenome que
carregamos ao tempo que já vivemos. É preciso caminhar, seguir em frente, mas
sempre olhando para os caminhos do passado. Um avô, um bisavô, um tataravô,
qual significado possui no histórico familiar? Simplesmente tudo. Ninguém
nasceu do nada. Tudo vem de gerações. Desde o Poço de Cima ao Poço de Baixo,
desde as beiradas de Curralinho ao Poço Redondo que como cidade se firmou, tudo
merece ser lembrado e conhecido. Neste momento, a presença de cada um faz
apenas parte da construção de uma história que já vem desde longe. Você faz.
Mas seus pais já fizeram e ainda fazem, seus avôs, seus ancestrais. Olhem para
trás e se encontrem, se reconheçam. Eu reconheço, e por isso sempre valorizo.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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