*Rangel Alves da Costa
Eu fico puto da vida quando uma mulher, já
sabendo que o homem era bebedor contumaz, namorador desbragatado ou
raparigueiro safado, depois de casada quer transformar, de dia pra noite, o
óleo em água. Mas como, Dona Sei Lá, você não já sabia, então por que aceitou,
por que se juntou ou casou? É uma mania triste desse povo, eis a verdade. E vem
a outra, que namora escondido nos fundos do cemitério, depois de o bucho
começar a crescer, então diz: “Num sei cuma isso aconteceu!”. Como não sabe, se
o tempo todo fazendo safadeza e sem proteção alguma, esperava o que mesmo?
Mulher casada que logo desanda a saideira, a ficar arrumada demais, a voltar
com desculpa cada vez mais esfarrapada, é por que coisa boa não anda fazendo.
Zelino foi dizer ao marido que ficasse de olho na mulher, e sabe o que ouviu
como resposta: “Naquela eu confio!”. Não demorou uma semana e sua confiada
simplesmente saiu de casa e foi morar com o próprio Zelino. Sempre acontece
assim. Infelizmente é assim.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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