*Rangel Alves da Costa
Nada mais temos que um corpo vão que será
transformado em pó. Nada mais somos que uma aparência daquilo que realmente
queríamos ser. O que queremos ser e não somos está exatamente do desejar além do
temos e somos em nós mesmos. As máscaras um dia caem. As fantasias um dia dão
mostras à realidade. As ilusões sucumbem para dar vazão à verdade. Pobre do
ferro que se imagina ferro pela eternidade. O tempo enferruja o ferro, a
maresia estraçalha os seus restos. O que somos, então? Somos apenas o que nos
resta ser. Nada além disso. Somos uma biologia que aos poucos vai se negando.
Somos uma química cuja experimentação vai desfazendo conceitos. Talvez sejamos
apenas o barro. Sim, carne e osso que nada são mais que barro. E tão quebradiço
que depois em pó se transforma. Em todos, indistintamente. Orgulho, soberba e
egoísmo, só fazem bem aos corações doentios. Presunção, vaidade e arrogância,
só fazem bem àqueles que não gostam nem de si mesmos nem de ninguém. A vida e o
mundo clamam por humildade, por respeito, por fraternidade. De todos com todos,
indistintamente.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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