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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Palavra Solta - Brasil de podres poderes


*Rangel Alves da Costa


O cupim faz a festa em Brasília. Sem madeira de lei, sem decência administrativa, sem honestidade para julgar, sem dignidade para legislar, então o cupim faz a festa. Desde muito que a ferrugem estraçalhou a força moral dos homens públicos da nação. Desde muito que a capital federal vive somente o clima sombrio e tenebroso de um outono sem fim: restos e vagas nos poderes abjetos e lamacentos, escombros e frangalhos por cima das nobrezas de caráter que se imaginava existir. Mas não foi o tempo que a tudo corroeu, foi homem público (o deputado, o governante, o julgador, o legislador, o ministro, o secretário, o assessor, tudo) que foi inapelavelmente se corrompendo. E onde não resta mais probidade, caráter, honestidade, honradez, seriedade, somente restarão as portas abertas para as mazelas de agora. Como bem cita uma postagem em rede social: “Impossível é querer um Brasil de Primeiro Mundo tendo um Executivo do Terceiro Mundo, um Legislativo do submundo e um Judiciário imundo”. A mais pura verdade. Infelizmente - por mais que se esforce para ser patriótico - nada a dizer desse país putrefato nas entranhas de seus poderes. Um Brasil de podres poderes, apenas. Os exemplos estão aí, recentes, e não como há negar a vergonha de ser brasileiro ante tamanha baderna.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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