SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Palavra Solta – brincando com um povo já sofrido demais


*Rangel Alves da Costa


Além dos sofrimentos causados pela seca que se prolonga desde mais de quatro anos, o povo sertanejo do sertão sergipano, principalmente no município de Poço Redondo, tem de suportar a igualmente duradoura falta de água nas torneiras. É um descalabro total, um absurdo indescritível, que a estatal fornecedora de água trate o sertanejo de forma tão abjeta e desprezível. Dia após dia, noite após noite, e quando se abre a torneira em busca de pingo d’água nada é encontrado. O serviço no abastecimento de água sequer pode ser tido como deficiente, pois totalmente imprestável. Não se admite – sob qualquer justificativa – que uma empresa que exige o pagamento em dia das faturas não dê a contrapartida na prestação eficiente de serviços. Mas tal situação se inverte à medida que é feito corte no fornecimento por falta de pagamento, mesmo não havendo qualquer tipo de fornecimento de água encanada. E assim as misérias sertanejas vão se alastrando pela desvalia do clima e da incúria do homem. E uma situação angustiante e dolorosa que é tratada com negligência e omissão pelos que têm o dever de resolução do problema. Mas chegam as eleições, chegam as promessas, as enganações, e assim tudo continua.
  
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com 

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