*Rangel Alves da Costa
Coisa chamada amor. E quanta complicação
nessa coisa chamada amor. Para muitos o amor é tudo; para outros o amor é a
maior expressão que possa existir num ser; para outros, o ato de amar significa
acobertar-se do bem contra todo mal e negatividade. Seja como for, verdade é
que o amor, ou a busca de sua verdade, é o desejo mais almejado entre os
racionais. Viver sem amor, muitos dizem, é conviver com a escuridão e o
sofrimento. Contudo, a primazia do amor não lhe afasta das críticas, das
considerações negativas, das muitas inconveniências originadas em seu nome. Já
que o amor é tudo, dizem, então seria também tudo aquilo que em seu nome é
praticado. Daí ser o gume afiado de muitos males. E certamente muito se pratica
com a pecha amorosa e mais tarde é revelado como graves problemas a ser
resolvidos. Pois o amor, segundo também afirmam, é sentimento envolto de
tamanha força que tem o dom de cegar, de tirar completamente a razão da pessoa,
de deixá-la à mercê das ilusões e das fantasias, até mesmo as mais absurdas. Em
tal estágio, agindo assim perante o indivíduo, eis que o amor acaba se
transformando numa verdadeira armadilha, num abismo por onde se caminha sem
saber. Mas não há que se desenganar. Tem que arriscar. Ninguém vive sem amor. A
brasa vem, a chama ardente, para afagar, para queimar.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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