SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O gato (Poesia)


O gato


Gato estranho
bichano misterioso
não sei se mia ou chora
não sei se festa ou agouro
na calada da noite preta
lá em riba da cumeeira

arrepio só de pensar
no silêncio e aquele choro
aquele gemido terrível
como se de dor da saudade
da agonia de uma perda
num triste e lamentado luto

mas pensando bem
não tenho gato nem cumeeira
agora pensando bem
sou eu vivendo a dor noturna
um sofrimento insensato
gemendo a aflição do gato.


Rangel Alves da Costa

Um comentário:

Ana Bailune disse...

Gosto dos gatos, pois não fingem afetos jamais!