*Rangel Alves da Costa
Estou aqui. Aqui junto a mim e sem querer
outra presença. Não é vírus que está impondo a solidão, mas uma solidão tão
necessária quanto o senso de preservação. E na solidão me preservo. E sou
filósofo, e sou pensante e sou da vaga memória um andante. Bem que eu gostaria
que não fosse um auxílio assim, assim meio que jogado entre quatro paredes. Mas
até que é bom ter tempo suficiente para meditar, para pensar, para refletir. Um
mal – e que jamais me atinja – que acaba trazendo um bem. Sei que tudo vai
passar, com fé em Deus tudo logo vai passar. Mas ficará a boa lição do valor da
solidão. Nada de apenas lágrimas, apenas tristezas, apenas sofrimentos. A
solidão não é para lenços molhados nem faces doloridas. A solidão é para o
reencontro, para o diálogo interior, para me chamar juntinho a mim e dizer:
sente aqui. Bem aqui.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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