*Rangel Alves da Costa
Solteiro, e graças a Deus, resolvi abdicar de
único amor. Quer dizer, não quero mais ter um só amor ou “um grande amor”.
Daqui em diante - e como já está acontecendo - eu vou apenas experimentar amores,
ter um tiquinho de amor aqui, outro tiquinho de amor ali, e assim por diante. É
como um único amor fosse dividido em muitos amores. Não amores marcantes,
profundos, acentuados, que consigam enraizar no coração, mas apenas amores
fugazes, assim como relacionados um tanto descompromissados. Uma aqui, outra
ali, outra mais ali, sem que nenhuma ou ninguém possa elevar a voz e dizer “eu
estou com namoro sério com ele”. É como se tivesse um amor que se imaginava
valendo mil, mas depois se mostrando em nada, e resolver viver os mesmos mil em
diversas porções amorosas. E comprova-se até melhor. Diversos sabores, diversos
perfumes, diversos corpos, diversas formas de amar. O problema é o risco.
Sempre haverá o risco de por uma - dentre estas - se apaixonar. Meu medo é
esse.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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