*Rangel Alves da Costa
Por mais que esse infeliz presidente não
esteja nem aí para a imensa crise que recai sobre o Brasil em virtude da
pandemia, a verdade é que o caos se estreita. A situação se agrava de tal modo
que não demorará muito tempo para que as pessoas passem a não saber mais o que
fazer de suas vidas. Desnorteadas, abandonadas, perdidas, entregues à própria
sorte e aos cuidados da fé. Haverá problemas nos estoques de alimentos, na
locomoção de pessoas, nos exercícios profissionais, nos serviços prestados, nos
mais simples afazeres. A explosão de enfermos recairá como bomba sobre a
fragilidade da estrutura hospitalar. Cada pessoa olhará para a outra com medo
de falar ou de se aproximar, sempre temerosa de mais um contágio. Praias vazias
(por força da força), ruas vazias, ambientes vazios, tudo em desolação. Silêncios
profundos, dias mais longos, mais terríveis, mais medonhos, mais agonizantes.
As notícias que chegarão serão motivos de maior entristecimento. O medo tomará
conta da maioria da população. O pânico estenderá suas mãos afiadas. Fazer o
que? Esperar o tempo do Eclesiastes, apenas isso. Um tempo onde tudo passa,
onde tudo muda, onde tudo se transforma segundo os desejos sagrados. E só mesmo
Deus. Só mesmo Deus!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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