*Rangel Alves da Costa
Aqui vão duas histórias de casamentos
forçados. A primeira representando a honra familiar de antigamente e a proteção
que se dava à pureza de suas moçoilas. A segunda dizendo respeito a uma
situação mais escabrosa, vez que cuida das núpcias de Jeremia com a jumenta de
Totonho Pitombeira. Vamos à primeira. Pois bem, vai o safado do Cirineu
querendo ir além do permitido no namoro. E foi. Como não podia sequer beijar a
namora na presença dos pais, vez que o namoro só era permitido em cadeiras na
sala, e na vigilância do pai ou da mãe, ele então cismou de dar um basta nisso
tudo. E tudo aconteceu nos escondidos do fundo da igreja. Quando a mocinha
começou a embuchar, a entojar, a ficar cheia disso e daquilo, a mãe logo
sentenciou: Tá grávida! No mesmo instante Cirineu foi trazido puxado pelos
cabelos e já no dia seguinte estava ao pé do altar, tendo que a toda hora
sentir a presença de duas armas na cintura do pai da buchudinha. Já Jeremia
casou foçado por uma besteira que fez. Com tanta mulher na região, caberá aberto
e tudo o mais, ele foi se engraçar logo da jumentinha mansa do valentão Totonho
Pitombeira. Flagrado em ato indecoroso com a jumenta atrás do tanquinho, logo
em seguida teve que desfilar pelas ruas da povoação chamando a jumenta de minha
esposa. E tendo que beijar seu focinho de vez em quando.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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