*Rangel Alves da Costa
Denomina-se
monumento megalítico uma imensa construção formada por blocos de pedras. Em
arqueologia, tais blocos de pedras, com origem neolítica e até de construção
desconhecida ante sua grandiosidade, estão, por exemplo, em Stonehenge
(Inglaterra) e Puma Punku (Bolívia).
De
qualquer modo, as formações megalíticas possuem pedras com dezenas ou centenas
(ou mais) de toneladas, podendo estar dispostas umas sobre as outras sem que a
engenharia pré-histórica humana fosse capaz de realizar. Então, como toneladas
de pedras estão cuidadosamente colocadas uma sobre as outras, em encaixe
perfeito, como se predestinadas a uma função astronômica, mística ou religiosa?
Os
estudiosos apontam algumas funções que podem ter tais monumentos: observatórios
astronômicos, templos religiosos, torres de comunicação com outros povos, ou
mesmo como marco da presença extraterrestre. Perante as formações, cada estrela
é avistada de modo diferenciado.
A lua e o
sol, quando avistados em determinadas linhas, e segundo as estações, são
respostas aos mistérios da vida, do plantio, da colheita, das secas, etc. Mas
se não foi por mãos humanas, cuja engenharia não poderia ser alcançada perante
o tamanho e o peso dos blocos, seu entalhe, lapidação e perfeito encaixe, quem
teria feito isso, quem teria colocado pedra sobre pedra de forma tão perfeita e
com função ainda desconhecida?
Saibam,
pois, que em Poço Redondo, em pleno sertão sergipano, já próximo à povoação
ribeirinha de Jacaré, há um desses misteriosos monumentos megalíticos: A
PEDRATA. São quatro torres com imensos blocos de pedras, com cada torre
localizada estrategicamente colocada próxima uma da outra, formando um todo com
função ainda desconhecida. Até que se poderia dizer que tais formações foram
fruto da força, da sabedoria e da paciência da natureza. Até que eu pensei ser
assim antes de conhecer.
Contudo,
após cortar caminho e chegar até lá, com o espanto e a surpresa ante a
descoberta, mais do que nunca voltei com a certeza de que a Pedrata não é
formada apenas por imensos blocos de pedras. Com efeito, ao lado dos amigos
Belarmino, Rose, Damião e Wemerson, ao entardecer desta sexta-feira 18 de
outubro, eu cheguei até o local e então pude verificar quanta estranheza há
naquela formação megalítica.
Não tenho
duvidas que a Pedrata é um mistério arqueológico e astronômico que precisa ser
estudado e desvendado. Antes desse conhecimento mais aprofundado, resta-me
ficar com a sabedoria de Shakespeare: há mais mistérios entre o céu e a terra
do que imagina nossa vã filosofia.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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