Nosso tempo no tempo
Grãos que somos
na poeira que estamos
folhas soltas ao vento
uma viagem pela vida
passeio com despedida
e o que somos agora
senão visitantes sem demora
nessa casa imensa
com a porta já aberta
estrada curta e incerta
somos apenas esse grão
sementes com coração
ou apenas dois seres
vivendo imersos na ilusão
que tudo é eternidade
sempre um dia e uma tarde
sempre uma lua na noite
em tudo a maior liberdade
sem pensarmos no açoite
dê-me as mãos meu amor
dê-me os olhos e a boca
dê-me tudo que guardarei
no meu corpo que já não é
senão você em minha vida
e sei o quanto zela por mim
no meu ser que está em ti
somente assim sobreviveremos
confundindo a hora marcada
quando tivermos que seguir
nesses adeuses de estrada.
Rangel Alves da Costa
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