Semear
Tristeza de amor
em manhã de outono
espera o vento
para varrer o jardim
e assim que o açoite
esvoaça a folhagem
a esperança ressurge
pedindo passagem
ontem a última folha
se fez caderno de poesia
e antes que a ventania
a chamasse de volta
escrevi verso e reverso
do amor o mais diverso
somente para dizer
que também sou assim
folha que perdeu sua cor
natureza com sua dor
esperando a nova estação
inverno chamado você
para semear no coração
a vida e o sobreviver
doce colheita na paixão
e a paz enfim renascer.
Rangel Alves da Costa
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