*Rangel Alves da Costa
Quanto extasiamento, quanta alegria. Visões
que parecem ser de uma felicidade repentinamente surgida, de um grande prêmio
recebido, de uma graça maior concedida. Povo em alegria, povo em festa, olhos maravilhados,
corações agraciados. Mãos que se elevam em preces, rosários que passeiam nas
mãos, promessas sendo pagas, e santos sendo desenterrados. Mas por que tudo
isso? Ora, por que chove no sertão. Não é nem chuva forte, de trovoada,
alentada, mas bastando ser chuva. Depois de tanto esperar, depois de tanto
sofrer, depois de tanto desesperar, qualquer chuva cai como dádiva maior. E
logo a esperança que seja a primeira nuvem de muitas, que sejam os primeiros
pingos de muitos, e para que encham barragens, verdejem os campos, tragam nova
vida ao sertão. Por isso tanto festejo, tanto encantamento e tanto contentamento.
Correm pelas ruas, dançam pelas poças, pulam nas biqueiras. É festa. Chuva no
sertão é festa.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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