*Rangel Alves da Costa
Em meio a algazarras, alaridos, buzinas,
arrogâncias, nada melhor que a paz do silêncio. Perante a palavra fria, a
palavra arrogante, grossa e destemperada, nada melhor que o distanciamento. Ante
a brutalidade humana, a violência pela violência e a maldade como rotina, nada
melhor que o exílio entre quatro paredes. Então, hora de reconhecer a utilidade
e a bondade da solidão. Com efeito, ser solitário não é tão ruim assim. Pelo
contrário, pode ser proveitoso, prazeroso, uma forma de cultivar e cativar uma
relação de si para si. E na solidão a meditação, a reflexão, o livro aberto, o
reencontro, a pessoa em si mesma. E, muitas vezes esquecida de si mesma, a
pessoa enfim se reencontrará e sentirá o quanto é importante gostar do seu eu
quase sempre ausente.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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