*Rangel Alves da Costa
Ainda não tive forças suficientes para me
certificar se realmente Nanô fechou o seu bar. É doloroso demais saber disso.
Eu sequer bebo casca de pau ou outra fubuia, mas é preciso muita coragem para
chegar à famosa avenida e encontrar o afamado bar de portas fechadas. E
entristecer e sofrer todas as dores do mundo por não mais encontrar aquele
amigo e tão conhecido balcão, e do lado do dentro o mais enjoado e mais querido
de todos os vendeirins. Duvido que no mundo inteiro um dono de bar seja mais
problemático, mais carrancudo, mais intransigente do que o Velho Nanô. Mas
apenas um jeito de ser e uma forma de logo espantar bebedores ruins, pois
pessoa de alma doce e de palavra honesta e cativante. A verdade é que me chegaram com a notícia,
mas não pude acreditar. E nem tive coragem de ir até lá. Não existe Avenida
Alcino Alves Costa sem o Bar de Nanô, não existe Rua de Baixo nem Rua dos
Vaqueiros sem o Bar do Nanô. E certamente não existe Poço Redondo sem o Bar de
Nanô. Então, Nanô, se fechou reabra, e pela vida de muitos e do próprio lugar.
Poço Redondo já não tem praças, e ficar sem o Bar de Nanô aí já é demais!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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