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A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



domingo, 18 de novembro de 2018

Palavra Solta - o adeus ao Bar de Nanô



*Rangel Alves da Costa


Ainda não tive forças suficientes para me certificar se realmente Nanô fechou o seu bar. É doloroso demais saber disso. Eu sequer bebo casca de pau ou outra fubuia, mas é preciso muita coragem para chegar à famosa avenida e encontrar o afamado bar de portas fechadas. E entristecer e sofrer todas as dores do mundo por não mais encontrar aquele amigo e tão conhecido balcão, e do lado do dentro o mais enjoado e mais querido de todos os vendeirins. Duvido que no mundo inteiro um dono de bar seja mais problemático, mais carrancudo, mais intransigente do que o Velho Nanô. Mas apenas um jeito de ser e uma forma de logo espantar bebedores ruins, pois pessoa de alma doce e de palavra honesta e cativante.  A verdade é que me chegaram com a notícia, mas não pude acreditar. E nem tive coragem de ir até lá. Não existe Avenida Alcino Alves Costa sem o Bar de Nanô, não existe Rua de Baixo nem Rua dos Vaqueiros sem o Bar do Nanô. E certamente não existe Poço Redondo sem o Bar de Nanô. Então, Nanô, se fechou reabra, e pela vida de muitos e do próprio lugar. Poço Redondo já não tem praças, e ficar sem o Bar de Nanô aí já é demais!


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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