SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Palavra Solta - a lei e a conveniência



*Rangel Alves da Costa


Ora, a lei pode ser dura, pode ser injusta, pode ser ponta de punhal, mas enquanto ainda em validade será a lei. E, como tal, deverá ser aplicada. Daí que é a legalidade, ou a letra da lei, que deve pautar os julgamentos. Se a lei diz que governante ladrão deve ir pra cadeia, não há que buscar brechas na lei para “um jeitinho” segundo o status do larápio. O abrandamento da lei ou o seu desvirtuamento para favorecer um ou outro, certamente não condiz com os ditames da justiça. Do mesmo modo, ou se interpreta a lei segundo o sentido da lei, ou a própria justiça ficará refém do livre convencimento do juiz, do julgamento por conveniência ou da proteção pessoal. E isso não é bom. Os códigos existem para serem cumpridos. Pensar diferente seria inócuo que o legislador se debruçasse sobre os norteamentos das condutas humanas. Também inócuo um “tribunal de justiça”, onde o julgador brinca de julgar e sentencia a seu bel-prazer. Infelizmente, é isso que muito acontece no Brasil, com magistrados, desembargadores e ministros, que rasgam os códigos em nome dos favorecimentos ou das conveniências.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

Nenhum comentário: