Prelúdio
Nada do que espero
ainda está ao alcance
a tarde para o pôr do sol
o ocaso para o anoitecer
a noite para o luarar
a lua para iluminar
o seu passo noturno
o nosso reencontrar
escrevi um poema
colhi uma flor no jardim
tirei do baú um disco antigo
vou apagar todas as luzes
e acender velas aromáticas
não esqueci o vinho
não esqueci do tapete
a sala parece um ninho
esperando você chegar
quem dera esse prelúdio
com ensaios e esperanças
pegasse a asa do vento
e lhe dissesse em segredo
que repito isso todo dia
colho flor e acendo velas
apago as luzes e adormeço
porque tudo continua prelúdio
até que você venha um dia
até que me queira um dia.
Rangel Alves da Costa
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