*Rangel Alves da Costa
Boa noite. Hein, diga: aceita um cafezinho.
Aceite, por favor, queira dividir comigo esse prazer sem igual. E ele foi feito
agora, ainda está quentinho, oloroso, encorpado, saboroso. Quer saber mais? Não
é um café comum, pois batido em pilão e depois torrado como nos velhos tempos,
nos quintais interioranos. Exijo do melhor pois não vivo sem ele. Devocionado
ao cafezinho, eis que o tenho como sagrado, e o ato de sorver como ritual
santificado. Às quatro da manhã já experimento a primeira xícara, e depois mais
uma e mais uma. Nada melhor que acordar chovendo e pouco depois chegar rente ao
portão levando xícara e, gole a gole, sem pressa, ir saboreando também a poesia
do momento. E agora mesmo, enquanto rabisco estas linhas, ao lado a xícara. Mas
está vazia. Bebi um cafezinho e já penso em outro. Mas vou esperar você chegar.
Então venha e aceite um cafezinho!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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