*Rangel Alves da Costa
Poço Redondo, lá longe, lá no interior
sergipano e sertanejo, é o mundo, é o meu berço de nascimento. Mas quando estou
em Poço Redondo eu não gosto de estar somente na cidade. Ora, Poço Redondo não
está na cidade. Poço Redondo é muito mais que cimento e asfalto, que calçadas e
fachadas, que os passos em paralelepípedos nas ruas nuas dos logradouros
escondidos. Poço Redondo não está num endereço ou nos restos das praças. Poço
Redondo está noutro Poço Redondo que está mais além, que vive mais adiante, que
cheira a terra, a mato, a bicho, a fumaça de toucinho na brasa e a café
torrado. Poço Redondo também mora em barraco nos afastados da cidade, em
casebres de cipó e barro, perto dos currais e das cancelas gemedeiras. Poço
Redondo avista o boi, o cavalo, o cachorro traquinando na malhada. Poço Redondo
não está somente aqui, ali, aí, mas muito mais aonde seu passo se negar a
seguir. Abra a porta, vá além da curva e siga adiante... Você precisa conhecer
Poço Redondo!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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