Silêncio do vento
Sopro
aragem
brisa apenas
e depois
a palavra
na boca
na boca do vento
chegando leve
murmurando
apenas um gesto
no lábio
no lábio do vento
querendo dizer
e dizendo
falando baixinho
que veio
esvoaçar tudo
voejar o cabelo
tremular coração
agitar o corpo
num arrepio
fazer suar
e depois
depois gritar
no grito dizer
te amo
te amo
e te amo
e se fazer
ventania
vendaval
paixão incontida.
Rangel Alves da Costa
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