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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amor cangaceiro (Poesia)

Amor cangaceiro



Ouvi falar de uma Maria
que Maria mais Bonita
da mesma feição
de outras Marias do Sertão
chita florida de feira
Dadá morena trigueira
escondida na ribanceira
esperando o seu amor
e porque a saudade ensina
lembrar paixão de menina
assim como amou Enedina
e tanto querer amar
coração ser uma ilha
navegando por Adília
num Poço de sequidão
dor que ainda fervilha
vela aberta no mundo
folhagem de camomila
chá de amor e olhar
curva na mão dessa Sila
orvalho do meu sereno
feito um Zé apaixonado
nesse mundo tão pequeno
e fosse o meu tempo
esse tempo do cangaço
coração transformaria
em flor a bala de aço
para jogar pelo ar
redemoinhos de abraços.



Rangel Alves da Costa

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