*Rangel Alves da Costa
O Colégio
Municipal Menino Deus, localizada ao redor da Praça Frei Damião, na cidade de
Poço Redondo, hoje viveu momentos difíceis e desesperadores, e no momento em
que professores e alunos faziam um evento alusivo à Páscoa.
Após o
ocorrido, então um texto foi escrito relatando o ocorrido e dando conta da
situação desesperadora entre todos, envolvendo crianças chorando, alunos
trancados no banheiro para se proteger, muitos gritos pedindo para não morrer,
enfim, uma difícil e até indescritível situação.
No texto,
afirma-se até que o aluno agressor tentou invadir o banheiro para vitimar os
alunos, que a diretora enfrentou corporalmente o agressor até desarmá-lo, e que
a situação só foi resolvida com a chegada da polícia.
Contudo,
segundo Geno Vito, vigilante que a tudo presenciou e que até chegou a
confrontar o aluno, os acontecimentos foram mesmo amedrontadores, porém
ocorridos de forma diferente do relatado no escrito postado nos grupos de
notícias e nas redes sociais. Eis,
então, o que diz Geno Vito:
“A professora
Sônia domou ele sim, pois ele atendeu a ela, mas já no final. Ninguém bateu em
ninguém. Ela pediu a faca e ele deu, aí a polícia chegou. Era uma faquinha de
mesa que ele pegou na cantina. [...] Teve esse tipo de terrorismo sim, mas quem
primeiro pegou ele foi eu, o vigilante. Ele pulou o muro pra dentro da escola,
eu pedi pra ele sair e ele saiu. depois pulou o muro sem eu perceber, então os alunos
me disseram que ele tava pulando o muro. Eu fui, pedi pra ele sair e ele disse
que não saia, aí invadiu em cima deu, tentou a me bater. Aí eu peguei. Quando
eu peguei. Quando eu peguei, aí os alunos vieram e me ajudaram. Ele novo, as
professoras chegaram e ainda rolaram com ele pelo chão, mas ninguém bateu em
ninguém. Ele tomou das mãos da gente, entrou na cozinha, pegou a faca de mesa
lá. Eu tentei evitar, mas não teve como. Ele ameaçou me furar. Aí nos saímos ajeitando,
aí a professora Sônia chegou, conversando com ele pediu ‘D... me dê a faca,
D... me dê a faca’. Ele entregou a faca pra professora. [...] Eu presenciei do
começo ao final. É bom que todo mundo saiba a história como foi. A polícia
chegou, a gente foi todo mundo pra delegacia depor na delegacia de Canindé de
São Francisco. Eu, a direção da escola, o Conselho Tutelar, os pais dos alunos
que ele queria matar, o pai do agressor também foi. E a história foi essa”.
Como visto,
relatos aproximados e todos dando conta de um fato verídico e aterrorizante acontecido
na tarde desta terça 16 de abril, e envolvendo uma escola repleta de crianças e
adolescentes, além de professores e funcionários. E realmente faz lembrar
outras tragédias acontecidas e que tanto abalaram o país.
Mas não é
a primeira vez que fato dessa perigosa magnitude acontece naquela unidade
escolar, pois no passado o sangue já jorrou por todo lugar, quando um aluno foi
esfaqueado até a morte.
O fato
passado foi, infelizmente, reacendido agora, numa época de tragédias
apavorantes. Mas que tanto o fato passado como o de agora sirva de lição para
que seja repensada a segurança das unidades escolares de Poço Redondo e por
todo lugar.
Difícil
dizer, mas somente após os acontecidos é que a polícia chega. E bem poderia, ao
menos de vez em quando, estar dando uma passadinha pelos arredores da unidade
escolar. E, internamente, que a segurança seja aumentada. Mesmo sem o uso de
armas, um maior número de seguranças certamente deixará nossos alunos muito
mais protegidos.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário