*Rangel Alves da Costa
Um dia, reclinarei à morte para dizer apenas “leve-me!”.
Não há saída. Mas leve-me como bruma leve, mansa, suave, de terno adeus. Leve-me
na morte em pluma, em asas de borboleta, em suave sopro de brisa boa. Há de ser
assim, pois certamente nada deverá ser mais dolorido que a própria vida, e
justo não será que a despedida seja tão sofrida e dolorida que a existência.
Fácil não é viver. Cadê a paz? Cadê o senso de humanidade? Cadê o respeito e a
consideração pelo outro? Cadê o amor, a fraternidade, a mão estendida em amparo
e acolhida? Ora, o mundo não foi feito para viver à mercê do terror, da
violência, da barbárie, do sangue jorrando, de vidas inocentes sendo ceifadas
pelos ódios exacerbados. A existência não deveria ser penitência, sofrimento ou
dor. O homem nasceu para ser feliz, amar e viver. Por isso que justo não será
que a morte chegue na mesma feição. Que seja leve, bruma, pluma, leve, de suave
adeus!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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