*Rangel Alves da Costa
Os bêbados afeiçoam-se a tudo. Igualmente
existe bêbados de todos os tipos. Há o bêbado que de repente se toma de prantos
e fica numa choradeira de não acabar mais, principalmente se a bebida foi
motivada por algum descuido amoroso, traição ou mero desamor. Há o bêbado que
se torna em monge silencioso, meditativo, não admitindo a presença de ninguém.
Também parecido com o bêbado filósofo, só que este se faz possuído da maior
sabedoria do mundo. Eis o dono da verdade, aquele que tem sempre razão, e que
não admite que digam que está errado. É briga na certa. Daí surgir o bêbado
briguento, enjoado, puxador de intriga. E assim porque a valentia surge do
nada. De repente já é perigoso, feroz, com sangue no olho. Mas covarde que só.
Mas nada mais chato que o bêbado cuspidor, pegador, abraçador, repetitivo.
Bêbado há que é um verdadeiro porre. Conversa bem em cima do outro, cuspindo,
abraçando, dando tapinhas, quase beijando. E também aqueles que simplesmente
assumem o que não teriam de fazer se sãos estivessem. Aí soltam a franga mesmo.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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