*Rangel Alves da Costa
Amores primaveris quase não existem mais.
Disso eu tenho quase certeza. Os amores perderam o entrelaçamento, seu pulsar
afetivo, sua doçura no querer e no afeto. Hoje são apenas como flores de plástico.
Noutros idos, os amores compromissados, verdadeiros, prometidos ao coração e
fazendo sentir saudades até na presença. Amores como espera, como desejo de
encontrar, como valorização do outro e da própria vida. Amores perfumados,
aromatizados, viçosos, ajardinados. Mas agora, como são os amores de agora? Já
não se fala sequer em namorar, mas apenas ficar, transar e esquecer. Amores
como flores de plástico que apenas emolduram as ilusões em corações que já não
sabem sequer o que seja um jardim de saudades.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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