Caminhos da minha terra
Pise devagar nesse canto
cuidado com o passo dado
caminhe com mais respeito
porque por onde anda
é mais que abençoado
talvez pense que é chão
uma areia solta qualquer
assento de pé e pressa
terreno sem vida e dono
cama de espinho e dor
mas não é assim não
depois que sai da cidade
viaja mundo sem fim
quando o olho avistar
mataria e descampado
mundo todo ensolarado
saiba que a terra é outra
é chão mais que venerado
caminho de tropa e vaqueiro
estrada de história bonita
passarinhada que se agita
vendo forasteiro chegar
pra pisar bem de mansinho
por ela guardar carinho
pois uma terra sertaneja
cheia de pedras e espinhos
mas canteiro do sertão
uma flor bonita ao longe
um casebre e um coração.
Rangel Alves da Costa
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