Sopros da tarde
De mansinho
quero que o vento chegue
festeje minha tarde
balance os coqueirais
sopre minha rede
esvoace os cabelos
traga o bilhete na folha
cante cantiga de ar
notícias boas de lá
me leve um recado
até onde ela está
bem mansamente
quero que a brisa venha
beijando a folha
acariciando a flor
balançando a cortina
afastando o calor
adormecer meu sonho
sonhar com amor
e soltar todos os laços
dos nós que impedem
que demos os braços
e suavemente te dizer
na luz mais bela da tarde
que não tememos nada
solidão nem a tempestade
porque estaremos juntos
quando a noite chegar
e os percalços do mundo
o caminho cruzar
de quem segue adiante
com a força do amar.
Rangel Alves da Costa
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