O velho e o vento
Eis o açoite do tempo
do velho ao vento
como folha seca
como resto triste
do grande arvoredo
da vida
cabelos esbranquiçados
feições enrugadas
olhos profundos e tristes
no passo sempre lento
que nunca sai do lugar
que apenas espera
o seu dia chegar
então o vento sopra
em voraz ventania
e a folhagem seca
em padecente agonia
vai subindo aos ares
ao raiar do dia.
Rangel Alves da
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário