*Rangel Alves da Costa
Talvez o meu amor, ou o meu jeito de amar,
seja diferente de todo mundo. Contudo, uma primeira informação: jamais consegui
fazer tal demonstração de amor tão grande. Não sei se o meu jeito, ou o meu
desejo de amar, caberia no que se tem agora por amor. Mas amando eu amaria por
entre as páginas de Shakespeare, Pablo Neruda e Florbela Espanca. Um amor
verdadeiro, expressivo, contundente e, ao mesmo tempo, afetuoso, meigo e
carinhoso. Valorizaria mais o silêncio contemplativo que a palavra vã. Um
cafuné com poema, uma carícia com o calor amoroso das mãos, um olhar no olhar
que seria mais que um beijo. E segurar em sua mão, e caminhar e correr. E sobre
as folhas da relva vivenciar o romantismo de Whitman. Que bela canção do vento
ouviria ao teu lado. Uma fruta doce na boca, um lábio roçando carinho. E não
precisar de dizer “te amo”. Não. Não precisaria. Em tudo e sobre tudo apenas o
amor.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário