SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Palavra Solta – dos afetos amorosos



*Rangel Alves da Costa


Talvez o meu amor, ou o meu jeito de amar, seja diferente de todo mundo. Contudo, uma primeira informação: jamais consegui fazer tal demonstração de amor tão grande. Não sei se o meu jeito, ou o meu desejo de amar, caberia no que se tem agora por amor. Mas amando eu amaria por entre as páginas de Shakespeare, Pablo Neruda e Florbela Espanca. Um amor verdadeiro, expressivo, contundente e, ao mesmo tempo, afetuoso, meigo e carinhoso. Valorizaria mais o silêncio contemplativo que a palavra vã. Um cafuné com poema, uma carícia com o calor amoroso das mãos, um olhar no olhar que seria mais que um beijo. E segurar em sua mão, e caminhar e correr. E sobre as folhas da relva vivenciar o romantismo de Whitman. Que bela canção do vento ouviria ao teu lado. Uma fruta doce na boca, um lábio roçando carinho. E não precisar de dizer “te amo”. Não. Não precisaria. Em tudo e sobre tudo apenas o amor.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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