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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Tanta coisa do sertão (Poesia)



Tanta coisa do sertão


Tanta coisa do sertão
doce e pamonha de feira
forró pé-de-serra e baião
tem inhame e macaxeira
cantoria e pinga com limão

um cheiro danado de bom
no arroz-doce e no mungunzá
na morena faceira o batom
o ceguinho a pedir e a cantar
na fole o trinado de acordeon
e na feira o sertanejo a dançar

tanta coisa no meio do sertão
o vaqueiro com seu terno de couro
o boi correndo do cavalo alazão
uma lua e um sol e um tesouro
o cirandeiro segurando uma mão
no sertão um relicário de ouro.

Rangel Alves da Costa


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