*Rangel Alves da Costa
Uma mulher. Uma mulher qualquer. Mas uma
grande mulher. Até diferente a mulher Maria, Joana, Bastiana ou Crezilda.
Sertaneja, mulher da roça, da labuta debaixo do sol, da lide dura na vida.
Fazer o mesmo trabalho do homem, ter a mesma luta que o homem tem, debaixo da
chuva, debaixo do sol. Mas faz mais: cuida da casa, cuida do bicho de cria,
lava roupa, passa roupa, vai buscar lenha, acende o fogão, bota a panela no
fogo. E faz mais: ora pela família, remenda a roupa da família, tudo faz para
que nada de ruim aconteça aos seus. Gosta de cantar, gosta de mostrar
felicidade, gosta de ser amigueira, gosta de prosear. Pra ela sempre está tudo
bem. Mas tem o rosto queimado de sol, tem a mão lanhada da foice e do machado,
tem o corpo marcado de espinhos, tem as dores próprias de tão duro viver.
Maria, Joana, Bastiana ou Crezilda. Mulher humilde, mulher de luta e na constante
luta. Uma sertaneja.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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