Depois do outono
O vento não é mais ventania
as últimas folhas mortas
já renascem em outro lugar
sinto no ar um abrir de portas
uma suave brisa chegar
e do ontem e do passado
que fez no amor desacreditar
restou da dor o aprendizado
um grão de nós dois para semear
depois do outono meu amor
que venha qualquer estação
o que passou foi mais que lição
aprender no sofrer e na solidão
que um só caminho é nossa direção
veias pulsando num só coração
pois somos um e sem divisão
então venha e me estenda a mão.
Rangel Alves da Costa
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