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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O da triste figura (Poesia)

O da triste figura



Triste cavaleiro sem alento
ao sopro de moinhos de vento
pelo mundo tão errante
a loucura segurando o escudo
seguindo sempre adiante
desafiando dragões e tudo
incerto na certeza inconstante
e vê um moinho e fica mudo
o inimigo chegou nesse instante
se arma de florete pontiagudo
e logo desperta em rompante
rolando em espinhos de veludo
caindo bem ao lado da amante
soltando um grito bem agudo
porque o amor é assim delirante

quem dera ser Dom Quixote
quem dera sua loucura ter
mas sou eu à sombra da solidão
nessas léguas sem te merecer.


Rangel Alves da Costa

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