Estrada de flores
Meu amor não esqueço
do sol cortando a pele
do açoite do vento no olhar
dos labirintos medonhos
das distâncias espinhentas
e dos nossos pés e mãos
sangrando incontidamente
marcas das dores do tempo
mas tudo isso passou
foi de um dia meu amor
vencemos as dificuldades
calaram-se as brigas ciumentas
não se ouve mais o grito
dizendo da certeza incerta
que cada um queria manter
apenas para dizer o indesejado
e tudo porque meu amor
soubemos procurar outra estrada
uma estrada sem medo e rancor
de mãos dadas pela estrada
a cada passo um ramalhete
um perfume que chega no ar
um canto de passarinho
uma paz no correr e andar
porque agora merecemos
da vida sentir seus sabores
porque soubemos construir
essa linda estrada de flores.
Rangel Alves da Costa
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