*Rangel Alves da Costa
Sou adepto
da teoria criacionista, aquela que prega ser o homem fruto do sopro divino,
criado por Deus, portanto.
Contudo,
ante o que observo em algumas pessoas, de vez em quando sou obrigado a ter uma
pontinha de crença na teoria evolucionista da espécie, ou seja, que o homem foi
evoluindo de outros animais até alcançar o status atual.
E
justifico o porquê da caidinha pelo evolucionismo. Ora, gente há que só pode
ter sido originária dos caninos e, como não evoluiu suficientemente, cachorro
continua sendo.
Outros
existem - e em maior quantidade do que se imagina - que surgiu dos ofídios e
serpente continua sendo, pois em nada a evolução lhe ajudou a ter normalidade
humana.
Mas tais
aspectos são muitas vezes confirmados pelo próprio povo. Quando se diz: “Eita
mulher cachorra!”, “Aquilo é um cachorro, mas nem pra latir presta!”, “Isso é
cachorrada, de gente cachorra, e não atitude de gente que se respeita!”.
Tudo isso
como um reconhecimento da espécie não bem evoluída - ou evoluída de forma
deplorável - para justificar a cachorreira existente em muitos.
Com as
serpentes não é diferente, ainda que as cobras, muitas vezes, sejam bem menos
venenosas que muitas pessoas. As venenosas rastejantes sofreriam com o veneno
humano.
Vejam o
que se costuma dizer: “Vixe, aquilo é uma serpente, e pior que cascavel!”,
“Cobra perde feio pra fulana, daquela boca peçonhenta só sai veneno mortal!”,
“Não passo nem perto dela. Aquilo ali já anda de bote armado, Deus me livre!”.
Realmente,
muita gente não nasceu para dignificar a espécie humana de jeito nenhum. Pelo
contrário, parece tudo fazer para se rebaixar perante os demais. Gente que age
pelo erro e vive pelo erro.
Gente que
passa e deixar atrás marcas de patas ou de riscos tortos no caminho. Há, nestes
aspectos, a demonstração de uma degenerada evolução humana.
Gente que
nasceu pra ser gente, para ter dignidade, pra se respeitar e respeitar os
demais, pra ter caráter e honra, mas não: continua sendo cachorro, serpente e
coisa ainda pior...
Conheço
cobras perigosas. Conheço serpentes famintas (também por dinheiro). Conheço
peçonhentas de beira de estrada.
Conheço
cachorros sarnentos, raivosos, cuja baba é mais que mortal. Conheço cachorro
que é pior que o mais ladino dos cachorros de rua.
Com mil
desculpas aos verdadeiros cães e serpentes, mas é assim que acontece no reino
animalesco humano.
Eita
mundinho de gente desacertada!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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