*Rangel Alves da Costa
Linda face a sertaneja. Nos beirais do
anoitecer, o negrume relampeja. As nuvens abrindo seu véu, chuva caindo do céu.
Casas de portas fechadas, janelas mais encostadas. Frio de aconchego e abraço,
a palavra joga seu laço. Ruas quase desertas, as solidões descobertas. O chão
encharcado de vida, ao homem a promessa cumprida. As luzes brilhando no
asfalto, réstias do alto, chuva caindo sem sobressalto. Por todo sertão assim,
uma alegria sem fim. A mão que conta o rosário, no sertanejo um fadário.
Agradecer ao sagrado pelo sertão molhado, pela vida renascida, pelo homem e
pelo gado.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário