*Rangel Alves da Costa
A Bíblia contém verdadeiros exageros aos
olhos modernos. Com efeito, alguns preceitos soam como impraticáveis,
inobserváveis, impossíveis de serem considerados como algo que realmente possa
ser acolhido. Assim manda oferecer a outra face para ser igualmente atingida,
desfazer-se dos bens para ajudar o próximo, silenciar perante as injúrias e
abominações, perdoar todo mal e toda pessoa maldosa, dentre outros aspectos.
Muito disso é justificado como simbólico pela Igreja, afirmando que a leitura
mais aprofundada leva a outro conhecimento das exigências. Mas assim está
escrito e é pela escrita que se conhece. Ademais, determinados costumes citados
na Bíblia, e muitos destes tidos como prova de fé e de comunhão, são tidos como
absurdos no mundo moderno. Há uma passagem onde o pai, pela fé, só não matou o
filho porque um anjo impediu. Há cordeiros e outros animais constantemente
sendo imolados perante os altares, e para o agrado de Deus. Em muitas
passagens, o sangue jorra em nome dos sacrifícios. Assim, perante a lei
moderna, muito do contido na Bíblia se consubstanciaria como ação criminosa. A
verdade é que, forçosamente, muito do livro sagrado foi revogado em nome dos
novos costumes e das novas exigências de convívio. Será preciso, pois, depurar
seus ensinamentos e acolhê-los segundo a crença e a fé arraigadas em cada
pessoa. É esta que faz sua própria lei, moral e de conduta, ajustando-a ao que
a Bíblia ensina e diz.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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