Uma casa velha
Era uma vez
uma casa velha de
portas fechadas
de janelas
fechadas e sem voz ecoando
era uma vez
um silêncio e uma
solidão na casa velha
que fazia
entristecer quem ela olhava
era uma vez
uma ventania
querendo entrar
pelas portas e
janelas da casa fechada
era uma vez
um graveto de pau
e uma folha seca
querendo morar
naquela velha casa
era uma vez
uma moça bela ao
entardecer na janela
e cheiro de café
torrado vindo da cozinha
era uma vez
o meu amor que um
dia se foi embora
e minhas mãos
fechando a casa e partindo.
Rangel Alves da
Costa
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