*Rangel Alves da Costa
Amar, estar com alguém, ou a solidão, o que
você prefere? A imensa maioria das respostas seria no sentido de ter a relação
amorosa como preferência. Alguns ficarão em dúvida. Outros, como tomados de um
ateísmo amoroso, simplesmente dirão que a solidão é bem melhor. As
justificativas seriam muitas, principalmente pelos adeptos do amor, do amar, do
estar com alguém. Sim, o amor é bom, faz engradecer, anima e motiva o ser
humano, faz com que ele se sinta compartilhado e compartilhando. Já outros
afirmarão que o amor é bom, mas nem tanto. E assim porque faz sofrer, faz doer,
machuca de vez em quando. Já eu, este escrevinhador, pessoal afirmo, refirmo,
grito e brado: o ateísmo amoroso é tão essencial como a liberdade do indivíduo.
O amor a dois deve ser negado porque apenas raramente existe. De uma centena de
situações, quase a totalidade apenas finge amar, apenas ama por circunstância,
apenas diz amar. Que amor é esse que a traição é tida como brincadeira? Que
amor é esse onde a banalidade se torna mais forte que a compreensão? Que amor é
esse que só chama ao sexo e jamais à palavra, ao diálogo, ao verdadeiro
convívio? Que amor é esse que tanto faz como tanto fez que um vire a esquina e
não volte mais? Que amor é esse que não respeita o outro, que não preza prelo
outro, que nada faz para alimentar o que diz ser amado? Basta olha atrás e
sentir como era o amor. Basta olhar ao redor para perceber o inexistente amor.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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