*Rangel Alves da Costa
Não me arrependo de ter conhecido a menina
que depois se tornou minha namorada. Acaso meses e anos voltassem no tempo, eu jamais
queria estar noutro lugar senão naquele do inusitado primeiro encontro. Não me
arrependo de amar e tanto amar a mulher que se fez minha namorada. Eu precisava
desse amor, eu precisava amar assim. E nela encontrei um sorriso grandioso e
belo bem dentro do coração. Não me arrependo de nada junto a ela, dentro dela,
em tudo nela. Nela encontro carinho, afeto, afago, amor. E não há que se arrepender
de ter encontrado aquela que o destino já havia, desde muito, me reservado. Não
me arrependo, pois, que o destino me tivesse levado até onde ela estava,
colocando-me perante ela e mostrado a mulher que eu não demoraria a amar. Coisa
mais estranha. Não conheço, nunca troquei uma só palavra, e de repente o
despertar do amor. Não me arrependo de tê-la avistado ao longe e mesmo distante
achado tão bela. Também não me arrependo de ter caminhado até onde estava e, ao
seu lado, calmamente esperar que prestasse atenção à minha presença.Não me
arrependo de ter gostado dela desde aquele momento, mesmo sem qualquer
aproximação, mesmo sem qualquer diálogo, mesmo sem a esperança do sorriso. Ora,
já não podíamos fugir de nós mesmos: o destino quis, o destino assim fez!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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