*Rangel Alves da Costa
Lua lá fora. Noite lá fora. Vida lá fora.
Amores, beijos, abraços, encontros, prazeres. Tudo assim na noite lá fora.
Calçadas, esquinas, cadeiras, pessoas que passam. Um mundo que vive seu mundo
lá fora. Mesas, cervejas, aperitivos, drinques, cigarros, proseados,
confissões. Noite com o seu jeito de ser. Pelas ruas os asfaltos amarelados
pelas luzes brilhando. Uma canção ali e outra acolá. O povo se diverte, procura
seus escondidos, vive os mistérios e os chamados da noite. E eu? Eu aqui no
exílio da noite, da porta fechada, da reclusão e do não ter saída. Parece até
que não existe noite, não existe mundo, não existe nada. Uma angústia danada,
uma agonia aterrorizante, uma aflição latejante na alma. Saudade, solidão,
tristeza, um sofrimento sem fim. Na memória apenas um nome e uma imagem. E
quanto mais recordo mais sofro. E como dói sofrer tanto assim.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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