*Rangel Alves da Costa
Ora, os livros, enciclopédias e dicionários,
deixam essa questão induvidosa: escritor é aquele que escreve. Assim , se é
aquele que escreve, pode muito bem ser aquele que escreve qualquer coisa.
Qualquer coisa mesmo: um texto, uma cartinha, um bilhete, um livro, um poema,
uma receita de bolo. Lógico, pois escreve, e se escreve é escritor (na mais
coerente contextualização de sua definição). Em nenhum dicionário consta que
escritor é aquele que escreve livros, ou somente livros. E com razão. Aquele
que escreve livros está, por definição, na mesma contextualização daquele que
escreve um epitáfio. Escreveu um epitáfio, escritor, pois agiu na escrita.
Escreveu um livro, escritor, pois agiu na escrita. Por consequência, vai pelo
ralo todo e qualquer egoísmo, vaidade ou soberba, daquele que se endeusa por
ser escritor. Repita-se, escritor de livros apenas. Mas para amainar o seu ego,
tentarei então uma definição: escritor de livros é aquele que vai além da
escrita descompromissada para dar vida a sonhos, personagens, tramas,
situações, enredos, vidas e mortes... Acaso não possua maestria no que faz,
tanto faz que escreva livros ou epitáfios.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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