*Rangel Alves da Costa
As oposições, as críticas vorazes e as
hostilidades são muitas, e todas tentando desestabilizar o governante de
plantão. As disputas de poder, os desalinhos entre os seus integrantes, as
ambições e as falsidades, tudo isso fragiliza qualquer governo. E de repente,
um governante eleito como salvação vai esfacelando dentro de si mesmo. Ora,
governar nunca foi fácil. Por mais que se diga que na pessoa do governante
esteja a caneta que controla tudo e este, num só ato, pode tudo modificar, nada
ou quase nada acaba acontecendo desse jeito. O governo é uma máquina, é um
agrupamento de pessoas com interesses comuns e conflitantes, é uma colcha por
uns rasgada e por outros refeita. O governante em si, ainda que com as melhores
intenções possíveis, nunca consegue fazer tudo do seu jeito. Surgem as
influências, as interferências e os interesses. Também surgem as disputas
internas que provocam prejuízos de monta. E basta que algum desacerto se
transforme em crise para todo o governo ser levado junto ao fundo do poço. E
até que saia, até que resolva tudo, muito já deixou de ser feito. Com as não
realizações, a ingovernabilidade, e, com a proliferação de lixos acumulados, as
tão conhecidas crises que afundam governos e governantes.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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