*Rangel Alves da Costa
Uma constatação inegável, e não só pelo
terrível odor, mas pelo que se avista de ilegalidade e imoralidade aonde se
deveria conservar a plenitude do justo e da justiça: o judiciário apodreceu.
Não só apodreceu como fede, como causa nojo, náuseas, execrações. Desde os
tribunais superiores às varas de primeiro grau, tudo parece envolto em terrível
lamaçal. Tanto lamaçal existente que os ministros do STF entraram em polvorosa
e cuidaram de barrar a todo custo a CPI da Lava-Toga. O que ia sair daí? A
podridão sem fim do judiciário. E fora o que já demasiadamente se conhece. Um
vergonhoso mundo de sentenças viciadas, de decisões infames, de despachos
aviltantes, de atos ordinatórios abomináveis. Liberdade aos corruptos, aos
ladrões da coisa pública, aos mafiosos do poder, aos corruptos partidários. Zé
Dirceu é o maior exemplo das decisões vergonhosas do STF. Depois de pegar um
monte de anos de condenação, eis que um ministro dá uma canetada e o coloca em
liberdade. Causa verdadeira ojeriza lembrar a atitude do ministro Marco Aurélio
ao mandar soltar Lula e tantos outros condenados. Tal decisão foi revertida,
mas espantou pela afronta ao próprio judiciário. Pelos tribunais estaduais e
regionais nem se fala. É o dinheiro e o poder que ditam as decisões, que fazem
ajoelhar aqueles que se dizem aptos a fazer justiça. Enquanto isso, o sistema
prisional está superlotado com pobres, negros, ladrões de galinha, de
biscoitos, de pão. Uma vergonha.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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